quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Adeus

I - Sentia por si um imenso pesar. Uma pena intransponível. Tão altos ideais. Tantos planos que morreram na praia, Tantas ilusões na poeira da sua memória. O desespero toldava-lhe a esperança. As lágrimas dançam-lhe nos olhos. E o sorriso, que em tempo tivera como companheiro, perdera-se por entre dois fracassos.

II - O sangue escorria parede abaixo, desenhando pequenas figuras de formas imperceptíveis. A atmosfera tornava-se sufocante. O vermelho vivo da tinta humana aquecia o quarto. No soalho, numa pose quase acrobática, um corpo crispado de desilusão e uma caçadeira enferrujada, arrefeciam em conjunto

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