quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Regresso

Entrei por aquela porta! Foi a repetição de um acto, que o tempo conhece de cor. No entanto, foi um outro entrar. A nudez do espaço... despiu-me, o silêncio surdo... ecoou em mim. Voltei ciente de vou ter que ficar. Quero ficar. É o único caminho com sentido. Não posso, nem devo, fugir da férrea lógica que a vida impõe. No silêncio do vazio, recordei gargalhadas que em tempos pintaram as paredes brancas que agora me olhavam insistentemente. Já não são brancas... viraram cinzentas. Não senti tristeza, senti lágrimas apenas. Filhas, órfãs de momentos que já me fizeram sorrir. Sai, e quando fechei a porta, tinha no bolso a certeza que ainda valia a pena. Enquanto eu acreditar... vale sempre a pena... entrar por aquela porta. Afinal, a nudez veste-se com o tempo... e o silêncio é o que nós fazemos dele...

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