quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Invioláveis

Que tentaram fazer às palavras? Foram vítimas das infames agruras dos cruéis manipuladores de sonhos, poetas de letra envenenada, almas sem chama nem dignidade. Numa mescla de enganos e promessas, foram roubadas na forma e violadas no conteúdo, tocadas na essência e estripadas na magia. Só há uma forma de reconhecer a veracidade da palavra! É na simplicidade do seu toque. Na pureza do instinto que delas advém. Na cor que nelas se reflecte. Quem conhece as palavras, reconhece sempre o veredicto do acto que as prolonga. Distinguias muito para além das contrafacções que os especuladores de falsas premissas tentam impor. A palavra é a expressão suprema que nunca deixa o acto perder a razão do seu norte, Sem ela, o verdadeiro sentir fica mais pobre e sem a real promessa de futuro. As verdadeiras palavras, felizmente, serão sempre invulneráveis.

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